Cerca
de mil pessoas empurraram a seleção portuguesa para o título inédito
10 de julho de 2016, o mundo
do futebol presenciou a seleção portuguesa conquistando o seu primeiro título
de expressão, a Eurocopa 2016. Mais especialmente para os 11 milhões de
portugueses e os outros espalhados pelo mundo. Em São Paulo, a colônia portuguesa
se reuniu na quadra poliesportiva do estádio Oswaldo Teixeira Duarte o “Canindé”.
Comidas típicas portuguesas estavam no ginásio
do Canindé (FOTO: Eduardo Pires)
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Cerca de mil pessoas
compareceram no evento para empurrar a Seleção de Portugal rumo ao título
inédito. Com gritos de “Força Portugal”, a torcida acreditava no título que parecia
improvável no começo da Eurocopa. Avós, filhos, netos e bisnetos choravam na
hora do hino nacional de Portugal. Mal eles sabiam que aquele domingo viraria
ser um dia inesquecível e histórico na vida de cada geração da família, mesmo
estando a 9 mil quilômetros de distância – São Paulo a Paris – parecia que a
energia daquelas centenas de pessoas, chegava com força até os guerreiros
jogadores lusos.
Centenas de torcedores foram até a quadra
poliesportiva empurrar a seleção portuguesa (FOTO: Eduardo Pires)
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Com um jogo truncado e feio no
primeiro tempo, a torcida portuguesa teve que se lamentar com a contusão do
Cristiano Ronaldo, aos 23° do tempo inicial. Nos semblantes dos luso-brasileiros,
uma mistura de decepção e tristeza. Até parecia que a Seleção de Portugal tinha
perdido o título.
No segundo tempo, o jogo
ganhou mais movimentação e as seleções foram mais ao ataque. França com Pogba e
Griezmann apagados, o atacante Gignac assumiu o protagonismo no ataque. Portugal com
Nani e Renato Sanchez sumidos, Quaresma foi o que mais se movimentou e buscou o
gol. Este último jogador francês que eu citei, Gignac, teve a chance de ouro
para dar o título para a França. Mas acabou desperdiçando e mandando a bola na
trave, antes, deu um lindo corte no zagueiro Pepe.
O jogo foi para a prorrogação,
a terceira de Portugal no mata a mata da competição. Para o Dalião Noronha, o
jogo estava com cara de penalidades. “Jogo truncado, nenhum time quer a
vitória, provavelmente teremos pênaltis de novo”. Com o ginásio apreensivo, o
primeiro tempo da prorrogação acabou, mas os gritos de “Força Portugal”
entoavam o lugar.
Mas toda essa energia
positiva, a bola na trave de Gignac e raça da seleção portuguesa, colocavam o
título no caminho daqueles que tanto sofreram pela perda da Eurocopa de 2004,
diante da Grécia, em pleno estádio da Luz, em Lisboa.
Aos 3° minutos do segundo
tempo da prorrogação, eu pude presenciar e testemunhar a maior glória do
futebol português. O gol do atacante Éder fez os adolescentes até o mais velho
chorar, abraçar e se ajoelhar no chão. A história estava sendo escrito nos meus
olhos, uma seleção que se orgulhava em ter um vice da Eurocopa (2004) e um
terceiro colocado na Copa do Mundo (1966). Mas agora não, pode se orgulhar em
ter um título na sua galeria de troféus.
No apito final, as lágrimas,
os choros, os abraços e as mãos levantadas era visto com frequência. Um senhor
me chamou a atenção, com a camisa da Seleção de Portugal e chorando muito, ele
andava de um lado para o outro, não acreditando no feito que tinha visto. “Eu
estou sentindo muito alegria, a Portuguesa perdeu, mas Portugal foi campeão,
acabou toda a minha tristeza. Foi o dia mais feliz da minha vida”. Contou o Taberna,
como ele é conhecido no Canindé.
Esse 10 de julho de 2016,
ficará para sempre na memória dos luso-brasileiros que estavam presentes no
ginásio do Canindé, os 11 milhões de portugueses em Portugal e aqueles que
adotaram Portugal como a segunda seleção. E para mim, fica registrado o momento
de uma conquista tão desejada e sofrida como foi essa Eurocopa para seleção
portuguesa. PARABÉNS PORTUGAL!!!
Senhor ajoelhado depois do título de Portugal
na Eurocopa (FOTO: Eduardo Pires)
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